O recurso do Fundo Eleitoral para bancar as campanhas de 2024 tem provocado debates acalorados, principalmente nos bastidores, no Congresso Nacional. O governo Lula (PT) propôs no projeto do Orçamento para ano que vem R$ 939,3 milhões, o que os dirigentes das legendas, inclusive o PT, consideram insuficientes para custear as campanhas de candidatos a prefeito e a vereador.
+ Receba as principais notícias de Santa Maria e região no seu WhatsAppHá líderes de partidos que defendem o mesmo valor destinado nas eleições de 2020 — R$ 2 bilhões — corrigido pela inflação. Só que o recurso aprovado pela Comissão Mista de Orçamento do Congresso é de quase R$ 5 bilhões (R$ 4,96 bilhões), portanto mais que o dobro comparado à verba de 2020. O relator do projeto, Danilo Forte (União Brasil-CE), por sua vez, apresentou o parecer, na última quinta, estipulando R$ 5 bilhões como teto máximo para o fundo, conforme informou o portal Terra.
O problema é que essa diferença para atingir os R$ 5 bilhões deverá sair das emendas de bancadas, verbas indicadas pelo conjunto de deputados e senadores dos Estados. E a maioria dos congressistas não gosta de cortar na carne. Em um país de tamanha desigualdade, com grande parte da população vivendo com um salário mínimo e brasileiros passando fome, R$ 5 bilhões para campanhas soa um deboche.
